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Conquista: com produção de rosas afetada, produtor baiano cria plano de assinatura para clientes receberem buquês toda semana

Com a pandemia da Covid-19, alguns produtores de rosas de Vitória da Conquista, cidade no sudoeste da Bahia, chegaram a perder 100% das flores, por falta de compradores. Para se reinventar, um produtor criou um Clube das Rosas, um plano de assinatura em que, toda semana, o cliente recebe um buquê de rosas em casa.

Em um roseiral na zona rural de Vitória da Conquista, há 6 hectares de rosas e folhagens, das mais diferentes espécies. Tem rosas vermelhas, amarelas e brancas, com folhagens variadas também, de murta, cipreste, eucaflor, túlia, áster e alfinete. Antes da pandemia, o roseiral atendia mais de 50 cidades baianas e também em Minas Gerais.

“No início da pandemia, jogamos tudo [rosas] no mato. Até as folhagens precisaram ser recolhidas, se não, elas ficavam no pé e você perde uma produtividade para o futuro. As rosas nem se falam, porque precisam ser colhidas no mesmo dia que for vender, se não, atrai besouros, insetos e outras doenças, e a gente não pode manter dentro do roseiral”, disse o produtor Paulo Brito, dono do roseiral.

A pandemia vem afetando a saúde das pessoas e da economia também. Com as floriculturas fechadas, e eventos como casamentos adiados, quem trabalha com plantação de flores enfrentou muitas dificuldades. Paulo contou que, sem poder escoar a produção, as rosas ficaram empilhadas e foram perdidas, dando prejuízos ao produtor.

Para superar a crise, o dono do roseiral criou o Clube das Rosas. São três tipos de plano: ouro (R$ 30), prata (R$ 25) e bronze (R$ 20). Os assinantes pagam por mês e recebem um buquê de rosas por semana. Com isso, já são 150 clientes cadastrados.

“A gente começou com doações e pedindo as pessoas que entendessem a nossa dificuldade, para que assinassem. Para que a gente pudesse manter os funcionários e manter o roseiral vivo para um futuro próximo. Muitos assinaram até por compaixão, eu sei disso. A gente está começando a passar por essa fase difícil”, explicou Paulo.

“Quando eu fiquei sabendo do clube, logo me interessei em participar, tendo em vista que, assim, eu teria acesso semanal às flores, que são a minha paixão, bem como estaria ajudando uma empresa”, comentou a advogada Keith Meira.

“A minha expectativa toda semana, é receber as rosas para arrumá-las, deixando meu trabalho e meu ar mais harmonioso, mais feliz. Principalmente nesse momento que estamos vivendo, onde a rotina e o psicológico de todo mundo está sendo abalado”, relatou a advogada Poliana Sandes.

Hoje trabalham apenas 15 pessoas no cultivo e comercialização do roseiral — Foto: Reprodução/TV Sudoeste

O Clube das Rosas conseguiu manter o emprego da florista Valéria Santos. No início da pandemia, 30 pessoas trabalhavam no cultivo e comercialização do roseiral. Hoje, só tem 15. “Está sendo ótimo porque a gente trabalha e ajuda a empresa também a se manter nessa fase”, relatou a florista.

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