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Interesse Público

PT discute o “efeito Michel Temer” para as eleições de 2016

Por A Tarde

Em meio a uma conjuntura política em que a presidente eleita pelo partido, Dilma Rousseff, responde a um processo de impeachment e está afastada do cargo, o Diretório Estadual do PT abre a discussão, neste sábado, 21, em Salvador, sobre a tática eleitoral que deve adotar nas eleições deste ano.

O grande desafio é garantir que o partido, que controla 88 prefeituras, não perca seu espaço de poder, após a ascensão de Michel Temer  à presidência da República e de um maior protagonismo da oposição, representada pelo PMDB, PSDB e DEM.

O encontro, que acontece a partir das 9 horas no sede da UPB (União dos Municípios da Bahia), no CAB, terá a presença do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, que fará uma análise do atual quadro político nacional.

Cumprindo quarentena (afastamento do cargo por seis meses, porém recebendo salário integral de R$ 30,9 mil), o ex-ministro, que foi governador da Bahia, está auxiliando Dilma na sua defesa do impeachment.

Longe de golpistas

Nas estratégias já definidas pelo PT, em relação às eleições municipais de outubro,  estão a manutenção da política de aliança com os partidos que são da base do governador  de Rui Costa (PT) – entre os quais PCdoB, PSD, PP, PSB e PDT – e uma maior aproximação com os movimentos sociais e o que a resolução aprovada pelo Diretório Nacional, na terça-feira, em Brasília, chama de “partidos populares”.

Este será um dos pontos cruciais, segundo destacou o presidente da sigla na Bahia, Everaldo Anunciação, para o PT defender o legado das políticas sociais construído nos últimos 13 anos e, também, de preservar o seu capital eleitoral.

“Já há uma manifestação dos movimentos sociais locais contra o governo  golpista de Temer e isso acaba fortalecendo a relação do PT com esses segmentos e os nossos pré-candidatos”, afirmou Anunciação. ”

Outra questão fechada é que o partido não fará aliança com candidatos que tenham publicamente manifestado apoio ao impeachment da presidente Dilma.

Isso significa que em pelo menos seis municípios baianos, onde o PT se aliou com o PMDB nas eleições de 2012, as alianças não se repetirão este ano.

É o caso de Coité, onde o prefeito Assis (PT) tem como vice Alex da Piatã (PMDB), e de Milagres, em que o PT apoiou a candidatura de Marcos Queiroz, do PMDB, que não foi eleito.

Sem considerar que Dilma saiu do governo com elevada rejeição popular e deixou uma grave crise econômica, Everaldo Anunciação entende que o PT não pode se juntar a quem foi contra “a melhor experiência de governo” no Brasil e que, em poucos dias de gestão  está “destruindo as conquistas sociais em várias frentes”.

O partido, que nesta sexta-feira, 20, reuniu os presidentes das 35 maiores cidades da Bahia, já definiu candidato em dez cidades, exceto Salvador, cujo nome será anunciado na primeira semana de junho. Disputam o ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, o vereador Gilmar Santiago, e o deputado federal Valmir Assunção.

Os municípios com pré-candidaturas aprovadas são:  Camaçari, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Itanhém, Ilhéus, Feira de Santana, Lauro de Freitas,  Alagoinhas,  Cruz das Almas e Candeias.

Saiba mais

Reaproximar os movimentos sociais – O PT pretende costurar uma aliança estratégica entre partidos populares e os movimentos sociais para que possa ampliar o peso institucional da esquerda.

Nada de aliança com “golpista” – Petistas não farão aliança com políticos que apoiaram a abertura do processo de impeachment de Dilma ou tenham votado nesse sentido no Congresso.

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