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Bancos se fecham a negociação, e greve dos bancários continua

Por Celso Rios

A greve geral dos bancários chegou ao seu 11º dia nesta sexta-feira (16) e continua por período ainda indeterminado, já que não houve avanço nas negociações após reunião entre a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação (CEBNN/CONTEC) e a FENABAN, na tarde dessa quinta-feira (15).

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista, Paulo Barrocas, foram entregues a Federação dos Bancos, no dia 09 de agosto, as pautas de reivindicações da categoria.

 Além dos reajustes salariais, os bancários exigem também melhores condições de trabalho e atendimento à população.

“Se o banco contratasse mais funcionários e desse um melhor atendimento à população seria um respeito e compromisso social. Já que lucra tanto em nosso país e não dá esse retorno para o povo. Ainda não existe um fim da greve muito por conta da intransigência dos bancos que não querem nem repor a inflação. Isso seria algo natural, visto que se passou um ano e fomos atingidos por esta situação, inclusive com perda salarial”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários.

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Foto: Celso Rios / Expressão Bahia

Ainda segundo Barrocas a inflação do mês de agosto até o período atual gira em torno de 9,62% e as entidades bancárias após um mês de negociações ofereceram cerca de 6,5%, posteriormente aumentando para 7%.  O que de fato, não contemplaria os anseios da classe bancária.

“Os bancos continuam sendo o setor mais lucrativo do país, tanto que no primeiro semestre deste ano os cinco maiores bancos já lucraram 30 bilhões. E, mesmo assim, não querem atender as reivindicações que são justas e contemplam a população. Sentaram à mesa só pra dizer que não tinham propostas. Foi um desrespeito que fizeram com a categoria e causa toda uma tensão usando o fator psicológico para desestimular a todos pela luta de seus direitos. Estamos lutando também para que a população seja atendida decentemente. Pedimos 14,78% de reposição salarial (que é a inflação mais 5% de aumento) que os bancos têm condições de atender sem causar nenhum impacto devido à alta lucratividade que eles têm. Esperamos que pelo menos eles contemplem a inflação dando 10 % de reajuste”, analisou Paulo Barrocas.

Para Daniele Maria Couto, bancária, outros pontos de pauta são de suma importância para a melhoria no atendimento e boa execução por parte dos bancários.

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Foto: Celso Rios / Expressão Bahia

“Melhores condições de trabalho, mais funcionários para melhor atendimento à população e também para diminuir a sobrecarga de trabalho que os bancários vêm sofrendo ao longo dos anos, fim do assédio moral, que é historicamente uma reivindicação da classe bancária. Sofremos muito com adoecimentos e especialmente adoecimentos psicológicos, além disso, aumento salarial, reposição da inflação que eles estão negando até a repor a situação, quanto mais dar aumento. Outra parte importante é quanto à questão da segurança nas agências bancárias. Estamos tendo muitos problemas de assaltos a banco e sequestros”, explicou Daniele.

O presidente do Sindicato também frisou a grande quantidade de funcionários que vêm sendo demitidos das agências em todo país, cerca de oito mil bancários. Além, claro, das metas abusivas, assédio moral para que o funcionário consiga ter mais proatividade nas vendas dos produtos e desrespeito do banco quanto ao cumprimento da lei de quinze minutos, período máximo, no qual cada correntista deveria ser atendido, sendo que muitas pessoas chegam a passar de duas ou até três horas na fila, segundo Barrocas.

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