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Reunião entre policiais e governo do estado termina sem acordo
Encontro aconteceu na Assembleia Legislativa da Bahia
Uma reunião entre o governo do estado e representantes dos policiais que anunciaram greve terminou sem acordo nesta quinta-feira (10). Participaram do encontro, que aconteceu na Assembleia Legislativa da Bahia, a secretária de relações institucionais do estado, Cibele Carvalho, representando o governo, e o deputado estadual Soldado Prisco, como representante dos policiais.A reunião foi convocada pelo presidente em exercício da Assembleia Legislativa, Nelson Leal, que indicou o deputado estadual Alex Lima para liderar a intermediação.
“A única coisa que foi feita na reunião foi a entrega de um documento com a pauta de reivindicações, ação que já há meses protocolamos no Comando da PM, Casa Civil, Governadoria e na própria secretaria de relações institucionais”, informou a Aspra, em nota divulgada à imprensa.
Segundo o coordenador da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) em Ilhéus, Augusto Júnior, um dos líderes do movimento, o governo não foi para o encontro com qualquer proposta para a classe.
Procurado após a reunião, o Governo do Estado não respondeu aos questionamentos do CORREIO.
Em Feira, onde oito mortes ocorreram nas últimas 24 horas, mais de 500 policiais estavam reunidos, segundo estimativa da Aspra. “70% do efetivo está parado. Nas ruas, estão os oficiais que saíram do ar-condicionado para defender seus cargos e bonificações”, acusou o coordenador da Aspra no município, Paulo dos Anjos.
Mais cedo, o secretário estadual de Segurança Pública, Maurício Barbosa, disse à TV Bahia que a liderança da Aspra está fazendo “terrorismo” e afirmou que sua pasta cumpriu todos os pontos acordados ao fim da greve da Polícia Militar de 2014. Disse ainda que há processos na Justiça Federal e na Justiça comum envolvendo os líderes grevistas.
Ele citou também um caso de uma viatura metralhada na avenida Gal Costa e afirmou que “a situação chega a certo grau que a dita representação de interesse dos policiais coloca os próprios policiais em risco. A gente tá trabalhando também na área jurídica para tomar atitudes legais contra isso”, afirmou Barbosa.
Fonte: Correio da Bahia