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Extensa fila se forma por aqueles que esperam o auxílio emergencial em Vitória da Conquista

Por Ana Flávia – Na última segunda-feira, havia sido anunciado que o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial seria antecipado pela Caixa. As novas parcelas já começariam a ser distribuídas nesta quinta (23), porém o Governo Federal decidiu voltar atrás e suspender a antecipação. A notícia do adiantamento da parcela, que havia alegrado muitos, preocupou outros, visto que milhares de pessoas ainda se encontram em situação de análise do cadastro, mesmo tendo o feito desde os primeiros dias, quando a nova medida foi divulgada.

Caminhando pela extensa fila que se forma em frente à Caixa Econômica, na Praça Barão do Rio Branco, no Centro de Vitória da Conquista, não é difícil identificar os rostos aflitos e ansiosos no meio da multidão, de muita gente que encara a fila em busca de respostas, sem saber ainda se já foi aprovado ou não.

A extensa fila e o longo processo fazem com que muita gente opte por passar a noite, dormir em frente banco e garantir ser um dos primeiros. As irmãs Alice e Tairine afirmam ter chegado ao local às 4h, e às 8h ainda estavam cerca de 50m de distância da entrada do banco. Para Tairine, o erro está em muitas pessoas que não precisam do auxílio receberem e prejudicarem outros que realmente necessitam e ainda não foi aprovados.

Como era o caso da dona de casa Diana, que finalmente só teve o seu auxílio aprovado ontem. “A situação está bem difícil porque meu esposo está desempregado, eu também estou, dois filhos, não temos outra renda, eu trabalho na rua vendendo geladinho e não estou podendo porque não tem como. Às vezes as pessoas nos ajudam, mas nem sempre vai ter ajuda.” Diana afirma que não vê a hora disso tudo passar e que todos possam retomar suas rotinas, mas entende que o momento exige cuidado e isolamento, principalmente para proteger quem ama. “Eu queria estar na rua trabalhando, que a cidade estivesse sã, não estivesse com essa enfermidade. Não tem nem como arriscar, tenho crianças em casa e na volta pra casa vai que a gente adoece e leva pro filhos, então meu bem maior agora é os meus filhos”, diz.

A terrível situação que enfrentamos prejudica a todos, até quem tem uma trabalho fixo, mas está impossibilitado de exercer a sua função. E o auxílio veio também em um bom momento para a manicure Mirian e seu esposo, que é pedreiro, já que ambos estão afastados de seus cargos. “Eu vejo como uma boa coisa que o governo fez para ajudar a gente, porque são os mais necessitados. O pessoal precisa ter a consciência de usar para alimentação, para o que mais precisa. Tem muita gente que está pegando e gastando com besteira e depois vai precisar, e quem está pegando é quem precisa mesmo, que está passando necessidade. Tem que se prevenir e usar para alimentação e coisas básicas” afirma a manicure enquanto aguarda para retirar o seu dinheiro.

Na noite desta quarta (22), foi divulgado pelo Ministério da Cidadania a desistência do governo em antecipar o segundo pagamento por conta do alto número de informais, e também por recomendação da Corregedoria-Geral da União (CGU).

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