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Política e politicagem são temas de audiência na Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) foi palco de uma audiência pública para discutir os temas política e politicagem. A iniciativa foi do vereador Orlando Filho (PRTB) e contou com a participação de professores, políticos, religiosos, advogados e comunicadores.

Desmistificar a politicagem para esclarecer a verdadeira política – O vereador Orlando Filho afirmou que não tem dúvida de que a audiência ficará registrada na história da Câmara. Ele lembrou dos tempos em que as escolas tinham como disciplina a educação moral e cívica. Para ele, esses espaços são fundamentais na construção do pensamento político. “Nosso desafio é desmistificar a politicagem e trazer à tona a verdadeira política. Não podemos viver sob mentira”, afirmou.

O vereador destacou a contribuição do Bloco Por Conquista nas discussões do Poder Legislativo, bem como na busca por recursos de emendas parlamentares em outras esferas de governo. “Nós estaremos sempre preparados e firmes para promover a verdadeira política, a política da verdade, que não troca favores, mas luta por justiça social, para que o grito dos bons se sobreponha ao grito dos maus”, declarou.

O homem é um animal político – O professor de sociologia e comunicador, Zenilton Júnior (Nilton Jr), destacou a importância da política como instrumento da convivência social. “Enquanto houver expectativa de transformação por via da política, haverá esperança de harmonizar os interesses por meio dos acordos”, afirmou. Ele citou o filósofo Aristóteles para falar sobre o homem enquanto animal político e afirmou que “estamos buscando permanentemente o entendimento por meio da política”. Zenilton ressaltou a relevância desse debate. “É importante que esse debate seja travado aqui. Estamos buscando compreender melhor a política na esperança de construir um país melhor, que traga mais convivência que animosidade.

Falta fiscalização – Claudiane Costa, administradora e ex-vereadora de Cândido Sales, alertou que a população deve se interessar pela política porque é nesse espaço que se discute políticas públicas importantes para a população. Ela afirmou que na área da saúde acontece bastante politicagem, situação percebida por todos, mas não combatida porque, em sua avaliação, falta fiscalização, inclusive no legislativo. Costa parabenizou a presença de estudantes na plateia e ainda falou de sua experiência como vereadora. Segundo Claudiane relatou, ela e sua família foram ameaçados e hoje moram em Conquista. Ela frisou que mesmo com dificuldades, buscou cumprir sua função.

“Quem não gosta de política, precisa dar lugar para quem gosta” – O ex-vereador Arlindo Rebouças iniciou o pronunciamento destacando a contribuição dos atores políticos para a vida pública. Porém, chamou a atenção para os danos causados pelos maus políticos. “Quem não gosta de política, precisa dar lugar para quem gosta”, afirmou. Ele questionou o desempenho da política na resolução dos problemas sociais. “Será que os nossos representantes estão fazendo política mesmo? Será que eles pensam no coletivo? Estamos vivendo uma crise política com consequências gravíssimas para a vida social”, declarou. Arlindo encerrou citando sua trajetória enquanto político e os seus desafios enquanto legislador.

Não seguir a palavra bíblica é fazer politicagem – O pastor Jônatas Soares fez uma analogia da política e da politicagem com a Bíblia. Para ele, o princípio da política foi estabelecido por Deus e quando o homem deixou de pensar e trabalhar em benefício do coletivo e de Deus, deu margem à politicagem. Ele ainda frisou os mandamentos “amar a Deus sobre todas as coisas” e “amar ao próximo como a ti mesmo”. Para Jônatas, fazer política é seguir esses mandamentos e se esquivar de uma atuação egoísta. Ele acredita que a igreja deve se envolver na vida pública e que “Deus está levantando” pessoas para atuarem de forma coerente.

O desafio em ampliar a participação popular na política – O ativista social, Wesley Portugal, destacou a necessidade de ampliar a participação popular na vida pública, ressaltando a contribuição das pessoas comprometidas com a moralidade e a justiça social. “As pessoas pensam que a política não presta, mas não é a política e sim as consequências dos maus hábitos de algumas autoridades políticas. Eu acredito que a política pode ser constituída por homens e mulheres que estão compromissados com a coletividade”, afirmou. Wesley parabenizou a iniciativa que visa a esclarecer e diferenciar política e politicagem. “Precisamos conscientizar as pessoas para aumentar a participação delas na política”, afirmou.

Quem faz política de verdade busca o bem coletivo – O advogado Ramon Lélis afirmou que a política não é ruim, e sim a politicagem. Ele classificou a audiência como um esforço de debater melhorias para a democracia. Ramon afirmou que quem faz política de verdade busca o bem coletivo. Ele defendeu o caminho da argumentação no embate de ideias e combateu o uso de violência. O advogado falou que é preciso ser tolerante com quem ainda não atingiu um nível de entendimento sobre o que é política.

“Não podemos abrir mão da política” – O radialista e advogado, Washington Rodrigues, destacou a importância de encontros com a sociedade para discutir temas como o que foi proposto por essa audiência. “Nós não podemos abrir mão da política, e não só a política partidária, mas a política do dia a dia”, declarou. Nesse sentido, Washington ressaltou a contribuição das igrejas e escolas para a construção do pensamento político, que seja crítico e representativo. “Quando termina política, sobra politicagem. E a politicagem é uma minoria decidindo sobre uma maioria, sem se preocupar com as consequências daquilo que está sendo decidido. A sociedade, quando tem a política na cabeça, pressiona o político para que não faça politicagem”, afirmou. O advogado encerrou a participação falando sobre o sistema eleitoral brasileiro. “O nosso sistema eleitoral é complicado porque camufla muito. A gente vota em A para eleger B. Veja a Bahia, que não tem um senador do interior. São todos da capital”, concluiu.

Político tem que estar perto do povo – O vereador Subtenente Muniz (Avante) afirmou que sua atuação é próxima do povo, mais na rua do que no gabinete. Ele afirmou que é triste ver a população carente sofrendo ainda em situações como no período das fortes chuvas. Ele parabenizou a iniciativa do colega em realizar uma audiência com esse tema. Para ele, o político tem que estar perto do povo. Muniz disse que a politicagem tem que chegar ao fim. O vereador lamentou a intolerância existente e praticada de forma discricionária. Ele ainda ressaltou a atuação do Bloco Por Conquista que vem resistindo e buscando praticar uma política de defesa dos interesses coletivos, independente de os componentes serem Situação ou Oposição à gestão municipal.

Política é para transformar a vida das pessoas – O vereador Augusto Cândido (PSDB) falou que sua vida é pautada em sua trajetória como médico. Ele foi candidato a primeira vez para “tirar o PT de Conquista”. Não foi eleito, mas decidiu se candidatar novamente, sendo eleito para essa legislatura. Ele afirmou que recebeu questionamentos sobre o porquê de ter se decidido pela carreira política. Augusto lamentou que muitas pessoas pensem que quem entra para a vida política o faz para obter vantagens. O vereador frisou que é político porque não vive numa bolha e quer ajudar a mudar para melhor a realidade das pessoas carentes. O parlamentar relatou situações e projetos em que a politicagem interferiu.

A ditadura não pode ser considerada ditadura ao pé da letra – O vereador Chico Estrella (PTC) aproveitou o debate para exaltar o movimento militar, que implantou uma ditadura no país por 21 anos, entre 1964 e 1985. “Nesse período tivemos o braço forte, a mão de ferro governando o Brasil. Acabaram com a corrupção daquela época. O que chamam de ditadura não pode ser considerado ditadura ao pé da letra”, defendeu Chico. Após celebrar o Golpe de 64, Chico fez um retrospecto dos presidentes eleitos de forma democrática, tecendo duras críticas de José Sarney a Michel Temer, preservando apenas o atual presidente. “O político é a fiel representação do povo que o elegeu. Se o político não presta, não presta também o povo que o elegeu”, declarou. Chico encerrou seu pronunciamento afirmando que o povo brasileiro aguarda a intervenção militar no Governo Federal”, pontuou.

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