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De 2013 a 2017, 88,5% das cidades baianas enfrentaram a seca
De 2013 a 2017, 88,5% dos municípios baianos relataram episódios de seca, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (5) pelo IBGE. O número é bem superior à média nacional, que, no mesmo período, é de 48,1%. Também fica acima da média nordestina, que é de 82,6%.
Este foi o desastre natural mais comum na Bahia, bem à frente dos demais. Os alagamentos aparecem em segundo lugar (20,6% dos municípios sofreram com esse problema no período), seguido por enxurradas ou inundações bruscas (18,9%) e processos erosivos acelerados (18,7%). O desastre natural menos comum nos municípios baiano foi o deslizamento de encosta, que aconteceu em menos de 1 a cada 10 – percentual de 9,8%.
Apesar da gravidade do problema, só 62 cidades da Bahia informaram ter um plano de contingência em relação a seca. Esse percentual, de 14,9%, é próximo à média do Brasil, quando, em 2017, 14,7% das cidades infomaram ter um plano de prevenção contra a seca. No Nordeste como um todo, a média é um pouco maior, chegando a 15,7%.
A ação mais frequente para minimizar danos da seca é a distribuição regular de água através de carro-pipa em épocas de estiagem – 282 cidades fazem isso. A construção de poços foi relatada por 248 cidades e a construção de cisternas por 229.
Impacto ambiental
Em 2017, 9 em cada 10 cidades baianas registraram alguma consequência de impactos ambientais. Esse é o terceiro maior percentual entre os estados brasileiros. Aparecem à frente Espírito Santo, que teve 93,6% das cidades relatando problemas ambientais, e Ceará (92.9%). A média do Brasil foi de 68,2%.
Na Bahia, os impactos mais frequentes foram ligados a condições climáticas extremas (como a seca), atingindo 6 em cada 10 cidades do estado, índice de 61,2%. O segundo tipo de impacto mais comum foi o desmatamento, informado em 39,3% das cidades da Bahia.
Já impactos relacionados à poluição do ar foram registrados em apenas 15 cidades. (Fonte: Correio da Bahia)