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Bahia: Quarenta mil pessoas terão acesso à água potável em 2015

Após dois anos de diagnóstico, o Programa Água Doce começa a ser implementado nos estados. O objetivo é instalar e reformar sistemas para retirar o sal da água de poços de comunidades rurais do Semiárido, tornando a água própria para o consumo humano. Na Bahia, estado com a maior abrangência do convênio, serão instalados e reformados 385 sistemas, que beneficiarão 150 mil pessoas, até o final de 2016. Os testes de vazão dos poços ocorrerão em dia 6 de abril e, logo em seguida, serão iniciadas as obras, de acordo com o coordenador estadual do Programa Água Doce e diretor de Política e Planejamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia, Ruben Zaldivar Armua. “Estamos em uma região onde as águas subterrâneas são salinas. A intenção é fazer obras de sustentabilidade coletivas, onde a população é que se serve, e a própria comunidade toma conta”, explica Armua. A Bahia concentra 23% do Semiárido brasileiro, onde estão 265 municípios. Na fase de diagnóstico, foram identificadas 41 cidades, em estado mais crítico, que serão as beneficiadas em um primeiro momento. O governador Rui Costa disse que entrega, até o final de 2015, 100 sistemas, que oferecerão água a 40 mil pessoas. “O programa garante água doce de qualidade, como alternativa mais barata do ponto de vista de outros sistemas e mais sustentável, porque há água o ano todo”, diz Costa. Ao todo, o estado receberá o investimento de R$ 61 milhões, sendo a maior parte do governo federal. A Bahia entra com 10% desse valor. Nacionalmente, o programa prevê o investimento de R$ 240 milhões em todo o Semiárido, que beneficiarão 500 mil pessoas até o final de 2016. As obras foram acordadas com os nove governadores dos estados que compõem o Semiárido, em Brasília, com a assinatura do 3º Pacto Nacional de Execução do Programa Água Doce, no início do mês. Participam Minas Gerais e os oito estados nordestinos, com exceção do Maranhão. Na Bahia, a cerimônia de início das obras ocorreu sexta-feira (27), na comunidade de Minuim, em Santa Brígida (BA), e contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, além do governador, de parlamentares e do prefeito da cidade, Gordo de Raimundo. A cidade é a mais crítica do estado, pelos critérios usados pelo Ministério do Meio Ambiente. Entre eles estão o baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a alta taxa de mortalidade infantil e o baixo índice pluviométrico.Em Minuim, fica a unidade demostrativa do sistema produtivo do programa. Além de garantir a água potável à população, a comunidade aproveita os resíduos da filtragem, basicamente água salgada, para a criação de peixes como a tilápia e o cultivo de erva-sal, que por sua vez é usada na alimentação de caprinos e bovinos. A unidade existe desde 2010. Para a construção de unidades produtivas é preciso que os poços tenham uma alta vazão, capaz de sustentar o sistema. Com investimento próprio, o estado comprometeu-se a construir 50 unidades acopladas aos sistemas previstos no programa. “A água foi ótima. Essa salgada, que era jogada fora, agora vai para criatório de peixe, depois é reaproveitada com as plantas, que reaproveitam o sal que vai para a terra. Para nós é ótimo, não estamos prejudicando a terra”, explica a presidenta da associação comunitária do povoado, Íris do Céu Feitosa. “Antes era aquela disputa para conseguir água no riacho e ainda tinha que andar quilômetros com o balde na cabeça”, diz.

Fonte: Agência Brasil 

Foto: Manu Dias/ Divulgação/Governo da Bahia

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