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“Temos certeza que com essas fraudes eles geraram um prejuízo de milhões”, diz delegado

A operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta terça-feira (02), foi batizada com o nome LAMMER, em alusão ao termo pejorativo que designa os criminosos cibernéticos que se acham acima do bem e do mal e que acreditam que nunca serão pegos. Em geral são operadores de programas desenvolvidos para captura de senhas, utilizados para invasões de contas bancárias através dos sistemas de Internet Banking.

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A investigação dos crimes cibernéticos teve início, no ano de 2012, quando a PF juntamente com a Caixa Econômica Federal (CEF), através do Projeto Tentáculos, fez um levantamento de todas as fraudes acontecidas, no Brasil inteiro, tentando identificar o destino dos valores desviados.

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Foi a partir do levantamento deste projeto tanto pela (CEF) e PF, como por instituições privadas, que se constatou que os valores desviados tinham como destino Vitória da Conquista. Inclusive se tornou uma das cidades polo desse tipo de recebimento de valores indevidos no país. Foi a partir do “Tentáculos”, que se começou a acompanhar essa organização criminosa, através de uma diligência de interceptação telefônica.

“Com as informações obtidas junto às instituições financeiras e a interceptação telefônica, foi possível identificar os integrantes da organização criminosa, sabendo o papel de cada um no cometimento dos crimes. Constatou-se que existem componentes desta organização criminosa em outros locais do território brasileiro”, analisou o delegado da Policia Federal, Victor Menezes.

Só no dia de hoje foram cumpridas medidas de condução coercitiva em Brasília (DF), duas prisões em SP e uma medida de condução coercitiva também em Teixeira de Freitas.

“Aqui em Conquista foram feitas cinco prisões preventivas, além de mais duas no Estado de São Paulo. Ao todo foram quatorze conduções coercitivas e mais sete investigados que foram presos, totalizando 21 pessoas envolvidas. Mas, não descartamos a possibilidade de existência de outros envolvidos nesses crimes, agora vamos apurar uma segunda fase da investigação”, analisou Menezes.

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Então, o núcleo da organização criminosa, de fato está em Vitória da Conquista para onde os recursos eram destinados aos criminosos para que se apropriassem desses ganhos.

“Havia um anseio da sociedade conquistense de que houvesse um trabalho policial capaz de alcançar essas pessoas que eram também muito conhecidas na cidade. Os criminosos gozam de um padrão de vida elevado, participam de todas as festas, estão sempre nos melhores bares da cidade e com carros novos. Por conta desse anseio, começamos essa investigação e para PF é muito satisfatório prestar esse serviço à sociedade”, declarou Victor.

Ainda de acordo com a autoridade, a operação foi de extrema importância, pois desbaratou uma importantíssima organização criminosa que desviava recursos em todo território nacional. Entre as apreensões encontradas no pátio da sede da PF estavam cinco veículos e uma moto, todos estes produtos dos crimes cometidos, já que essas pessoas não possuíam nenhuma renda lícita. Além da apreensão dos veículos automotivos, muitos documentos, extratos bancários e muitos boletos bancários de terceiros foram encontrados de posse dos suspeitos e que servem como prova do cometimento destes crimes.

“Conseguimos chegar à casa de um dos alvos e pegar o computador aberto com as informações das contas e as senhas ainda na tela. Essa operação foi proveitosa, pudemos nessas diligências encontramos muitas provas que confirmam mais ainda a participação dos indivíduos nos crimes”, reiterou o delegado.

Numa das contas atacadas, datada de junho deste ano, foi desviada a quantia de R$ 242 mil reais. Já outra conta registrada no ano de 2012, eles se apropriaram da quantia de R$ 80 mil reais.

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“A partir dos diálogos interceptados pelos alvos, escutamos conversas entre eles de que agora só buscariam contas de empresas para conseguir quantias sempre acima de R$ 80 mil reais em cada fraude”, finalizou Victor Menezes.

Os investigados que foram presos e conduzidos hoje responderão pelos crimes de estelionato qualificado e constituição e integração de organização criminosa, previstos no artigo 171, § 3º, do Código Penal, e no artigo 2º da Lei 12.850/2013, com penas que, somadas chegam a mais de 14 anos de reclusão.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela Polícia Federal

Por Celso Rios

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