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Vitória da Conquista: Campanha da Fraternidade é tema de sessão na Câmara de Vereadores

Com o tema : “Fraternidade: Igreja e Sociedade”  e como lema: “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45), a Campanha da Fraternidade 2015 foi lembrada na noite desta segunda-feira (2) através de uma Sessão Solene, na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) e contou com a participação de diversos órgãos ligados a Igreja Católica na cidade.  A Campanha da Fraternidade é realizada todos os anos, no período da Quaresma (quarenta dias anteriores à Páscoa) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e desempenha uma importante tarefa social no fomento da reflexão, promovendo uma discussão entre Igreja e sociedade.  Através de um projeto de lei do vereador Professor Cori (PT), a data passou a fazer parte do calendário oficial da casa, o que significa que todos os anos, a Campanha da Fraternidade será tema de sessão na CMVC. Em sua fala, o parlamentar parabenizou a Igreja Católica pela realização da 52º Campanha da Fraternidade (CF), que ele considera uma oportunidade de reflexão e ação para a transformação da realidade. Ele esclareceu que a CF trabalha em três dimensões: renovação interna da própria Igreja; dimensão das situações existenciais; e a busca do bem comum. Essas dimensões se originam do tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e do lema “Eu vim para servir”, e apontam para o grande desafio do século XXI, segundo o vereador: a mudança de atitude. O edil citou alguns dados sociais sobre a violência no Brasil, sobretudo contra crianças, adolescentes e mulheres para reafirmar o lema da CF e defender a campanha pela reforma política. Ele também elogiou o trabalho das pastorais que “é silencioso, mas vem salvando inúmeras vidas”.A Vereadora Lúcia Rocha (DEM) iniciou seu pronunciamento afirmando que nesse ano “aborda um tema de grande importância para nossa reflexão que é ‘Fraternidade: Igreja e Sociedade’ e que traz como lema ‘Eu vim para Servir’, buscando recordar a missão de todo cristão, a partir da colaboração entre igreja e sociedade”. A parlamentar prosseguiu afirmando que “com a campanha da fraternidade, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem como intuito reforçar a atuação social dos cristãos”. Para ela, o tema está muito ligado à realidade do país. “A sociedade brasileira esta carente de justiça e verdade. A igreja pode, pode por meio de suas pastorais, influenciar para o bem do povo brasileiro”.O Padre Gerson Bittencourt, que representou o arcebispo Dom Luís Pepeu, comunicou o objetivo geral da Campanha da Fraternidade: aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus. Na prática, a Igreja encampa alguns temas considerados estratégicos para a sociedade brasileira. Padre Gerson destacou três: perfil demográfico da população brasileira, urbanização e reforma política. Ele explicou que são problemas que precisam ser enfrentados na construção de um país mais justo como a favelização, a poluição do ar e dos rios, o desmatamento, a violência, o envolvimento dos jovens com drogas e o tráfico, a alta mortalidade juvenil, enchentes e secas, a falta de mobilidade urbana, as precárias condições sanitárias e a corrupção.  A diretora do Colégio Nossa Senhora de Fátima –  Sacramentinas, Irmã Cristina Freitas, em seu pronunciamento, parabenizou o vereador pelo apoio à Campanha da Fraternidade e convidou a sociedade a refletir sobre o lema da CF, afirmando que todos são responsáveis pela construção de uma sociedade melhor. “A igreja está a serviço da fraternidade e da sociedade. É inegável o serviço que a Igreja presta à sociedade e a fraternidade”, detalhou ao destacar o trabalho realizado pelas inúmeras missões e pastorais da Igreja que se dedicam às diversas causas como saúde, educação, justiça etc. O coordenador da Caritas, o Diácono Luciano Santana, ressaltou o trabalho silencioso, mas preponderante, realizado pelas pastorais da Igreja Católica que levam inúmeros serviços aos mais necessitados, além da evangelização. “Com essas pastorais a Igreja compreende que sua missão é colaborar”, explicou. Ele lembrou que, por exemplo, a Pastoral da Criança já salvou milhares de crianças da desnutrição e hoje enfrenta um segundo desafio – a reeducação alimentar das famílias. O diácono defendeu veemente a campanha pela reforma política, que considera um compromisso inadiável. “Ou assumimos essa bandeira ou pagaremos caro por essa omissão”, sentenciou. Entre as reformas defendidas estão, por exemplo, o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais e a paridade de gêneros na lista dos candidatos. O diácono José Dias, representando a Comunidade Anuncia-me, disse que “olhando para o nosso país, deparamos com uma realidade não muito benquista por grande número de brasileiros”. Após apresentar que existem desigualdades sociais em todo o país, também citando Conquista, afirmou que “igreja e sociedade ainda não se abraçaram. Precisam abraçar para ver a necessidade do nosso Brasil”. Encerrou seu pronunciamento clamando a Arquidiocese “para que nesse legislativo tenhamos a coragem de proclamar que ainda teremos uma sociedade justa e igualitária”. A Diretora do Lar Santa Catarina de Sena – Orfanato, Irmã Ivonete Oliveira, disse que o compromisso é “a serviço do próximo sem medida”. Atualmente o lar atende 100 menores. As condições financeiras atuais impedem de atender mais demandas. Pediu a todos que olhem com mais ternura aos trabalhos sociais realizados em nossa cidade. Afirmou que “o coração humano resiste a tudo, menos a bondade”. Finalizou pedindo a ajuda de Deus para desenvolver a consciência de que nossa vida só vale a pena se for para servir ao próximo. A representante da Pastoral da Menor, Janilde Franco da Mota, disse que a Campanha da Fraternidade de 2015, “traz a grande inquietação da igreja em relação ao homem”. Ressaltou que a pastoral do menor tem papel relevante na sociedade de hoje, pois seu foco é na criança, no adolescente e no jovem em situação de vulnerabilidade. Finalizou seu pronunciamento levando a reflexão dos presentes: “Como igreja na sociedade, como estou buscando viver essa fraternidade? O meu viver nesse mundo tem sido de acordo com o mandamento de amor do pai?” Convidou a todos para que “possamos com nosso agir, transformar nossa sociedade em nova civilização do amor”. O presidente da CMVC, Gilzete Moreira (PSB), lembrou a passagem bíblica que diz que “tudo é possível ao que crê” e disse que uma importante semente foi plantada durante a sessão, de compromisso com Deus, de serviço desinteressado ao próximo. Moreira também frisou a importância do amor ao próximo e do exemplo, através da vivência, para servir de referência para as gerações futuras.  “O interesse maior é de amar as pessoas. O importante é a gente viver aqui e deixar o nome para servir de referência”, disse o parlamentar. Durante a sessão, a Coordenadora da Arquidiocese da Pastoral do menor e da Pastoral do Batismo, aproveitou para fazer a leitura da mensagem do Papa Francisco, em homenagem a Campanha da Fraternidade 2015.

Fonte: Ascom CMVC

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