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O que você precisa saber sobre Esclerose Múltipla

Você certamente já ouviu valar sobre esta doença e os danos que ela causa ao organismo, mas você já parou para conversar com alguém que tenha Esclerose para saber como ela convive com a doença? Nós, do Expressão Bahia fizemos isso.

Samara Dias, jornalista, percebeu os primeiros sintomas há pouco mais de um ano, mas o diagnóstico só veio depois de vários exames, no dia 27 de janeiro de 2015.

“Eu senti minha mão esquerda dormente. Achei que tinha dormido de mal jeito. No dia seguinte, meu braço esquerdo estava dormente e formigando. No outro dia, meu lado esquerdo todo do corpo, inclusive a face também estava. Logo meus pés começaram a formigar também e nesse tempo eu já não tinha a mesma força no braço, nem o mesmo pique para caminhar. Procurei um clínico geral, e ele me pediu que eu me consultasse com um neurologista urgente. Foi aí que depois de vários exames, eu recebi o diagnóstico e comecei o tratamento”, contou.

Ao contrário do que pode pensar o resultado do último exame não deixou Samara em pânico.

“Receber a confirmação de uma doença degenerativa, que não cura, que até então não conhecia nada e que até o nome é esquisito, aos 23 anos, foi um susto, um choque grande. Mas, minha reação foi até melhor do que eu esperava. Acho que minha fé em Deus, minha vontade grande de viver bem e feliz, e claro, o apoio da família e dos amigos que é primordial, além do acompanhamento médico especializado, me fez aceitar até melhor do eu esperava. E hoje, eu vejo, que apesar das limitações do dia a dia, as dificuldades, todo dia é um aprendizado e eu agradeço a Deus por estar melhor do que no dia anterior, ou se por acaso o dia seja mais difícil, eu peço a Deus mais força. Claro, que tem dia que a vontade de chorar pega a gente, aí eu choro, sinto esse momento, e passa. Como eu disse, a minha vontade de viver bem é maior do que qualquer dificuldade”, relatou Samara

A doença considerada rara, que começou a ser estudada há cerca de duas décadas. Não desanimou Samara, apesar do susto inicial, ela busca cada vez mais conhecer a EM. Quando questionada sobre o que as pessoas precisam saber sobre Esclerose Múltipla, Samara mostra que já aprendeu muito.

“O que as pessoas da sociedade em geral precisam saber sobre a EM é que apesar de ser uma doença crônica do sistema nervoso que não tem cura, existe tratamento para que a doença não evolua e possamos viver bem. A doença na mata, não é contagiosa e se desenvolve diferente em cada pessoa. E não, a fadiga, um dos principais sintomas da EM no dia a dia, não é preguiça. “O que já sabemos e a cada dia aprendemos, nos faz viver bem e ter sim uma boa qualidade de vida, apesar das limitações diárias”, afirma a jornalista.

Para as pessoas que ainda serão diagnosticadas, Samara deixa um conselho:

“Antes de tudo você tem que aceitar. Entender que terá alguns dias difíceis e que isso não pode interferir só de maneira negativa. Porque aí a doença passa a ser protagonista da vida, quando não passa de uma figurante. Você tem que continuar sendo você. Fazer as coisas que sempre gostou de fazer. Procurar atividades que proporcionam prazer e felicidade. Praticar atividades físicas que podem auxiliar no alívio das dores diárias. Uma alimentação balanceada também ajuda. E o carinho, o amor, a compreensão das pessoas que a gente ama e que estão ao nosso lado”.

Quando questionada sobre o que precisou mudar na vida dela Samara relata uma série de atividades, mas sem deixar de lado o bom humor, característico dela:

“Eu tive que separar um dia da minha semana para minha medicação, que serve para retardar os sintomas da EM. Eu aplico até mais ou menos 16 horas depois eu não estou para ninguém, rs. Nem se Alexandre Nero chegar me chamando para sair nesse dia, eu saio do meu quarto. Aí, eu vou ter que convencê-lo a ficar sentadinho, ao meu lado, batendo um papo, rs. Como também está recente o diagnóstico e eu ainda sinto além das dormências e formigamentos, fraqueza e fadiga, as tarefas domésticas que eu fazia com mais frequência e em um ritmo, em não consigo mais como antes, e evito porque quando termino, a sensação do corpo é de ter completado uma maratona, rs. Também não carrego mais peso. Aquelas sacolas de supermercado nem pensar. E a parte chata, é que tive que me afastar do meu trabalho por tempo indeterminado, devido os sintomas que já citei, e que com a correria, preocupação, estresse, responsabilidade, agitação, essas coisas típicas do dia a dia no trabalho, afloram mais os sintomas que sinto e podem causar um novo surto. Então, por enquanto, estou afastada”, finalizou a jornalista

Nós do Expressão Bahia, esperamos ter tirado suas dúvidas sobre a Esclerose Múltipla. No próximo sábado falaremos sobre um outro assunto. Nossos leitores também podem enviar sugestões de temas pelo nosso e-mail (topo da página). Até nossa próxima conversa, a todos um ótimo domingo.

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