Por Ascom PMVC
A Zona Rural de Vitória da Conquista foi tema do discurso feito pelo vereador Edjaime Rosa Bibia (PMDB), durante a sessão realizada na manhã dessa segunda-feira (23) na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC). “Estive ontem na vaquejada de Lagoa do Mulatinho e encontrei vários políticos, como os Deputados Estaduais José Raimundo Fontes, Herzem Gusmão, o vereador Cori e tantos outros, e isso é bom porque os governantes tem que estar próximo à população da Zona Rural.
- Foto: Ascom CMVC
Bibia relatou que os moradores da zona rural tem enfrentado muitas dificuldades com relação a falta d´água e falta de energia. “Esses moradores dependem hoje, da ajuda do exército, que leva água em carro pipa”, lamentou. Lembrou que essas pessoas andam desanimadas com a seca que “deixa os pequenos produtores preocupados. Antes a gente via muitos carros se deslocando com mandioca, andu verde e tantas outras verduras e frutas para serem vendidos na cidade, hoje você não vê mais nada na zona rural”.
O parlamentar pediu aos governantes que olhem mais pela região rural. “Hoje a única coisa que eles tem como forma de lazer são as cavalgadas. Por esse motivo, o poder público deve olhar e investir mais nesses eventos para as pessoas sobreviverem de forma mais animada”. Segundo ele, “na zona urbana tem cinema, shopping e na zona rural nem campo de futebol tem mais”.
Por fim, Bibia disse que “temos que olhar muito pela zona rural. Temos que brigar muito. Temos pico de energia o tempo inteiro e em muitas localidades a energia nem chega”.
Quem também engrossou o coro por melhorias na zona rural de Vitória da Conquista foi o vereador Nelson de Vivi (PCdoB).
- Foto: Ascom CMVC
O parlamentar se reuniu na última semana com a Coordenação Municipal de Iluminação para cobrar melhorias na iluminação pública das comunidades da Gameleira, Ribeirão, Pau Ferro, Farinha Molhada, Olho D’Água, Monteiro, São Mateus, Paraíso, Iguá, São José e Lagoa do Boi. O parlamentar pediu a reposição de lâmpadas e implantação de braço de lâmpada. Segundo Nelson, as demandas apresentadas foram apresentadas a ele pelas próprias comunidades. A coordenação se comprometeu a atender as solicitações até o final desta semana. Durante a reunião, o vereador pediu ainda a limpeza de aguadas e abertura de novas nas mesmas comunidades. O órgão prometeu atender o pedido até o final do ano.
Transporte coletivo – Em sua fala, Nelson de Vivi voltou a criticar o serviço. Ele observou que a ocorrência de ônibus quebrados é constante, sobretudo os da Viação Vitória. O edil lembrou que vem fazendo reiteradas denúncias com base no próprio processo de licitação do transporte coletivo, o que levou a prefeitura a abrir um processo administrativo para apurar irregularidades da Vitória. Outras denúncias feitas na Câmara também contribuíram para a ação do Executivo, afirmou Nelson. Ele criticou a demora no andamento do processo.
“Parece que [a prefeitura] constatou todas as irregularidades que eu havia denunciado nesta Casa. Na hora de a gente fazer uma denúncia dessa gravidade temos que ter responsabilidade. Graças a Deus eu tive [a responsabilidade] de estar com o processo licitatório na mão, com a lei de licitação 8.666, com o contrato da prefeitura com as empresas”, afirmou Nelson. Ele reiterou que também visitou várias comunidades, esteve nas duas empresas de ônibus, com os trabalhadores e os usuários, o que o possibilitou levantar o cenário do transporte coletivo e identificar as irregularidades.
O parlamentar frisou que a prefeitura quer abrir um novo processo administrativo para cassar a cessão da Vitória. “A prefeitura tem que ter uma responsabilidade maior nesta questão, agir com mais celeridade para melhorar o transporte coletivo de nossa cidade”, falou e acrescentou: “Essa empresa pode anoitecer e não amanhecer em nossa cidade e dá o calote nos direitos trabalhistas dos trabalhadores, cobradores, motoristas, mecânicos”. Ele atentou que isso já aconteceu antes, quando a empresa Serrana, que atuava na cidade, deixou de quitar dívidas trabalhistas. Segundo Nelson, caso a Vitória dê o calote, a prefeitura deve ser responsabilizada.
