WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia
coopmac exposicao conquistacamara vc cmvc
Geral

Qualidade de vida de portadores de doença falciforme é tema de dissertação de Mestrado da Profa. Kamila Lacerda

A doença falciforme  é um conjunto de genótipos diferentes caracterizados pela presença de hemoglobina S. A denominação Anemia Falciforme é aplicada para forma homozigota da doença (SS), apresentando-se como a forma clínica mais grave. A doença falciforme atinge uma considerável parcela da população dos mais diferentes países do mundo. Estudos indicam que essa doença surgiu nos países do centro-oeste africano, da Índia e do leste da Ásia.

Os principais interferentes ambientais que certamente têm influência nas consequências fisiopatológicas da anemia falciforme podem ser agrupados em três classes distintas, em sua maioria indissociáveis e identificados por: (a) meio ambiente, (b) deficiência alimentar e qualidade nutricional inadequada e (c) deficiência nas assistências médica, social e psicológica.

Este foi o tema da pesquisa do Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde, da Profa. da Faculdade Guanambi, Kamila Lacerda, realizado na Pontifícia Universidade Católica de Goiânia (PUC-GO), orientada pela Prof.ª Drª Flávia Melo Rodrigues. Segundo a pesquisa, na Bahia, a ocorrência de nascidos vivos diagnosticados com doença falciforme é de 1:650 nascidos vivos. Acarreta uma elevada morbimortalidade e consiste na doença hematológica hereditária de maior prevalência no Brasil, sendo assim considerada um problema de saúde pública e possuindo uma relevante importância epidemiológica.

Por essa razão, o Ministério da Saúde incluiu no Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme, com o intuito de identificar precocemente portadores da doença, visto que 78,4% dos óbitos por DF ocorrem até os 29 anos de idade, sendo 37,5% em menores de 09 anos.

aaaaaa

“A presença de uma condição crônica de saúde é a principal causa de incapacidade e maior razão para a procura de serviços de saúde, correspondendo por grande parte dos gastos efetuados nesse setor, sendo a utilização de serviços de saúde pelos portadores de problemas crônicos maior do que observada entre a população em geral”, afirma o estudo. Segundo a pesquisadora, o tratamento das doenças crônicas geralmente implica em mudanças no estilo de vida e um cuidado contínuo com o paciente, e este não visa à cura, mas à estabilidade da condição de saúde e da qualidade de vida do indivíduo.

“Dessa forma, a presença de um problema crônico de saúde constitui uma das razões mais fortes para a utilização dos serviços de saúde. Portanto objetivou com esse estudo avaliar a qualidade de vida de portadores de doença falciforme, atendidos pelo Programa de Anemia Falciforme, da microrregião de Guanambi, Bahia, através dos questionários SF-36 e WHOQOL-BREF os quais foram avaliados aspectos relacionados a saúde e um outro questionário sociodemográfico e econômico para compreensão da realidade ao qual estão inseridos os participantes da pesquisa, visto que a qualidade de vida pode também sofre grandes impactos negativos por condições socioeconômicas desfavoráveis”, afirma a Profa. Kamila Lacerda.

Como resultado da pesquisa, observou-se que os pacientes com doença falciforme em sua maioria são negros e pardos e possuem baixos níveis de escolaridade. A doença falciforme influencia negativamente na qualidade de vida dos portadores, nos aspectos emocional, físico, capacidade funcional, vitalidade, dor e saúde mental. Também constatou-se que com o avanço da idade, o aspecto físico fica comprometido. “O estudo aponta a importância da análise da qualidade de vida, mostrando que ela interfere e também é influenciada pela saúde do paciente”, conclui a pesquisadora.

 

Artigos relacionados

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar