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Homofobia e futebol são temas de novo projeto da Revista Gambiarra com o Ludopédio

Após suas iniciativas de debate do racismo no futebol serem aprovadas e financiadas pela Fare Network em 2020, a Revista Gambiarra e o Ludopédio se uniram para falar sobre a homofobia no universo desse esporte. Também patrocinada pela iniciativa internacional de combate à discriminação, já está no ar nas plataformas de streaming a segunda temporada do podcast Prorrogação.

O produto é parte da ação Football v Homophobia, da Fare Network e da Football v Homofobia, que selecionaram 14 organizações, em 13 países, para promover ações positivas contra as discriminações com base na sexualidade ou identidade de gênero no futebol ou através dele. Para Júlia Belas, uma das apresentadoras, a ideia é amplificar vozes de pessoas que possuem pouco espaço no mundo do futebol.

“Mais do que só apresentar as suas trajetórias, nós queremos mostrar que pessoas LGBTQIAP+ devem ser acolhidas no meio futebolístico. Unir a Revista Gambiarra e o Ludopédio é uma forma de tornar as duas equipes mais diversas, com pontos de vista e objetivos diversos, e olhar para as diferentes questões que atravessam este público no mundo do futebol: o torcer, o jogar, o ver, ser visto, e outras intersecções com gênero e raça”, explica.

Enrico Spaggiari e Wagner Camargo, editor e apresentador do podcast em nome do Ludopédio, afirmam que esperam que ele seja não apenas um instrumento de informação imediata, mas também uma fonte de consulta para conhecimento de fatos ou problemáticas não tão acessíveis no cotidiano.

“Por exemplo, nossos episódios sobre mulheres lésbicas no futebol e as violências que sofrem (a lesbofobia), e mesmo a situação de exclusão e cancelamento das pessoas trans, inclusive nas quadras de futebol e futsal, são fontes importantíssimas de ensinamento da condição dessas pessoas para quem habita o lado da heterossexualidade e da cisgeneridade”, destacam.

Como convidados, o podcast contou com Onã Rudá, fundador da  LGBTricolor, torcida organizada do Esporte Clube Bahia, para falar sobre a cultura torcedora e o combate às homotransfobias; Joane Ribeiro, jogadora de futebol,  para debater o lugar das mulheres no esporte e o combate à lesbofobia, machismo e misoginia; Bernardo Gonzales, que participou como jogador nas origens da equipe Meninos Bons de Bola (MBB), de São Paulo, e hoje tenta fundar um grupo próprio de homens trans, praticantes de futebol society, para conversar sobre pessoas trans nos espaços esportivos; e Alexandre Antoniazzi, para falar sobre ser jogador gay de futebol do clube NATUS, além de comentar sobre a LiGay Nacional de Futebol Society, uma liga de clubes de jogadores gays de futebol.

“Segundo o Relatório do Grupo Gay da Bahia (2020), em 2019, 329 LGBT+ tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia. Sendo assim, é de fundamental importância que haja debates e produções que tragam informações sobre o tema para que ele seja naturalizado na sociedade. O futebol, por sua vez, é um espaço onde se constroem laços e narrativas de um povo, e por isso nossa proposta é debater e informar sobre o modo como as pessoas LGBTQI+ se relacionam com ele”, completa Júlia.

O projeto foi escrito por Marcel Tonini (Ludopédio) e Natália Silva (Revista Gambiarra) e também conta com o apoio institucional do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

Mais informações:
Instagram: @revistagambiarra
Facebook: facebook.com/revistagambiarra

Fonte: VAGALUME PRESS

Texto: Ana Paula Marques

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