Conclusão é de que ‘não houve desrespeito à religião católica’. Curta de José Padilha com Wagner Moura havia sido vetado pela Cúria.
A Arquidiocese do Rio, que tem os direitos sobre a estátua do Cristo Redentor, voltou atrás e desistiu de vetar o curta-metragem “Inútil paisagem”, de José Padilha (“Tropa de elite”), informa nesta segunda-feira (21) a assessoria de imprensa das produtoras do filme. Na história, Wagner Moura vive um homem em crise que, durante um voo de asa delta, “conversa” com o monumento. O segmento faz parte do longa-metragem “Rio, eu te amo”, que estreia em 11 de setembro.
No início do mês, a Cúria havia proibido o uso da estátua. Ao G1, afirmou por telefone que “a Conspiração [Filmes] concordou com o argumento de que o conteúdo inserido no filme é um atentado à imagem de Cristo e uma falta de respeito à Igreja”. Se a decisão fosse mantida, “Inútil paisagem” deveria ser excluído de “Rio, eu te amo”, que faz parte da franquia “Cities of love”.
Na nota divulgada nesta segunda, a Conspiração Filmes, a Empyrean Pictures e a Bossanova Films, as três produtoras responsáveis pelo projeto, afirmam: “o Vicariato para a Comunicação Social e a Assessoria de Imprensa da Arquidiocese entenderam que o episódio não visou interesse religioso no trato à imagem do Cristo Redentor, portanto não houve desrespeito ao Cristo ou à religião católica”. O texto diz ainda que “apesar do prazo muito apertado (…), os produtores vão trabalhar intensamente e esperam poder incluir o episodio na versão para os cinemas brasileiros”.
