Os acidentes de trânsito provocam cerca de 1,24 milhão de mortes por ano no mundo, segundo a OMS. No Brasil, o sono e o cansaço representam 60% das tragédias causadas nas rodovias, segundo dado da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET). “A privação de sono e alguns distúrbios, como ronco e apneia, provocam sonolência diurna excessiva. É preciso dormir com qualidade para preservar as funções cognitivas, motoras e perceptivas”, esclarece Kenya Felicíssimo, única cirurgiã-dentista na Bahia com título em Odontologia do Sono. A sonolência ao volante já é a segunda maior causa de acidentes nas rodovias brasileiras. Segundo dados da Associação Brasileira do Sono (ABS) ele é o responsável por 30% das mortes em todo o país. ”O sono é traiçoeiro, ele chega e não dá muito tempo. Às vezes ele manda alguns sinais, como o cansaço, o olho que pesa, mas em algumas situações as pessoas não percebem isso e se envolvem em acidentes. O sono é tão perigoso ou mais do que o álcool, por isso não se deve dirigir nesse estado,” alerta Felicíssimo. Como parte das ações de reversão desse quadro, a ONU instituiu a “Década de Ação para Segurança no Trânsito 2011-2020”, com a meta de salvar cinco milhões de vidas. Ações acontecem ao longo do ano em mais de cem países. Nesse mês, elas estão sendo promovidas na Bahia, através da 3ª Semana Mundial de Segurança Viária das Nações Unidas, que segue até o dia 10. De acordo com a Fundação Nacional do Sono, a insônia aumenta em 250% o risco de acidentes de trânsito nas estradas. Se o motorista sofrer com a apneia do sono, os dados pioram: o risco é elevado para 700%. “O motorista precisa ficar atento aos sinais que o corpo dá. O ideal é parar em algum lugar, andar um pouco, lavar o rosto, ingerir um pouco de água e café. Se o sono persistir, é fundamental que ele procure um local para descansar”, pontua. Segundo, Kenya Felicíssimo, a higiene do sono é um das rotinas que pode evitar as fatalidades. “Manter o seu horário de dormir e de acordar, por que dessa forma o corpo fica mais acostumado Não usar bebidas estimulantes próximo a hora de dormir como o café, chá verde, chá preto, energéticos, entre outros. Ao se preparar para dormir, ir diminuindo a intensidade da luz, dessa forma o organismo começa a perceber que está na hora de dormir,” explica. O tempo ideal do sono varia para cada pessoa, mas a média é de 7 a 8 horas por dia. A falta dele causa redução na capacidade de concentração e de reflexos, além da sensação de fadiga.
Com informações do Tribuna da Bahia
Foto: Carlos Augusto – Jornal Grande Bahia
