Interesse Público
Vitória da Conquista: crise econômica atinge o comércio
Uma forte crise tem atingido diversos setores do comércio de Vitória da Conquista. Para o vice-presidente Guimarães Viana, do Sindicato dos Comerciários , a crise está apenas no início e que a tendência é de que a queda nas vendas do comércio continue no segundo semestre. Segundo ele ainda não é possível dimensionar com precisão o impacto da crise, mas que em média o número de vendas caiu de 10% a 15% no geral. Muitos lojistas têm procurado o sindicato se queixar da situação. Gerente de uma loja de móveis, localizada na Régis Pacheco, Paulo Dias Gonzaga considera esta a maior crise que o comércio já enfrentou desde quando começou a trabalhar no ramo. “Sou funcionário desta loja há 21 anos e não me lembro de ter vivido período tão difícil como este”, observou. Ainda segundo ele, o valor abusivo dos alugueis cobrados na área tem afastado também os lojistas. Por causa da onda de recessão e da falta de condições de manter os estabelecimentos funcionando, Paulo conta, que já viu muitos de seus colegas fecharem as portas. Assim como no ramo de móveis, o segmento de eletrodomésticos e eletrônicos também vem amargando queda no número de vendas. Vendedor de uma loja que comercializa esse tipo de produto, Silvano de Souza diz que viu o movimento cair 40% nos últimos meses. “Somos seis vendedores, mas este mês apenas um bateu a meta”, lamentou. Caso semelhante é de Vanessa Melo, gerente de uma rede de lojas que comercializa produtos variados há 33 anos. Ela conta que viu as vendas caírem 35% e o quadro de funcionários diminuir bastante, desde janeiro. Mesmo assim, ela chama atenção para a busca de alternativas e estratégias que façam o comerciante não sucumbir à crise. Para Vanessa, o segredo é apostar em três requisitos básicos como a qualidade, o preço e a variedade. “Isso faz toda a diferença quando se está vivendo um período de recessão. Hoje a concorrência é muito grande, então o comerciante precisa ser dinâmico, ter um diferencial”, aconselhou. Entre os consumidores a palavra de ordem economizar. É o que tem feito a microempresária Iraci Novais. Ela conta que viu suas vendas caírem mais de 40%, conseqüentemente, o seu volume de compras também teve que diminuir. “Antes fazia compra com carrinho grande, hoje não dá nem para encher um pequeno”, disse.
Com informações do Blog do Marcelo