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Conquista: Comerciantes ‘clandestinos’ prejudicam economia local da Ceasa da Juracy Magalhães

Por Celso Rios

Os comerciantes atacadistas do Centro de Abastecimento de Vitória da Conquista, também conhecido como CEASA, vêm reclamando de uma situação, da qual caracterizam como clandestina.

De acordo com as vítimas e através de sua defesa, os permissionários, que são regulamentados pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, reclamam da atividade dos clandestinos. Segundo eles, essas pessoas que vêm de fora da cidade se passam por comerciantes de Vitória da Conquista e, além disso, não pagam os tributos que são cobrados pelo município para trabalhar de forma justa e legalizada.

“O feirante atacadista tem a permissão de uso do solo do CEASA, localizado na Avenida Juracy Magalhães. Eles pagam a entrada de caminhões e têm funcionários, o que gera emprego em nossa cidade. Alguns comerciantes de fora do município trazem suas mercadorias, quando o produto é de boa qualidade eles vendem para os permissionários. O problema que vem ocorrendo, é que alguns desses comerciantes para se desfazerem de mercadorias  que foram excedentes estão praticando a venda na área do estacionamento, conhecida popularmente como “Pedra”’, explicou o advogado Lyncoln Martins.

Ainda de acordo com os atacadistas as mercadorias excedentes são vendidas por estas pessoas sem condição alguma de higiene, pois, ficam expostas a poeira e em contato direto com o solo.

“As sobras de mercadorias são vendidas no estacionamento e os produtos são postos no chão empoeirado, e vendidos para os clientes dos permissionários. Estes clientes veem essa situação logo ao entrar no CEASA e não vão para os boxes verificar as mercadorias de qualidade”, disse Lyncoln.

As mercadorias boas são vendidas aos permissionários e a um preço justo, mas o restante dos produtos tem saída a um preço bastante inferior.  Já que a qualidade destes, também é inferior.

Do ponto de vista da defesa, a atividade se configura como uma concorrência injusta e desleal, porque além de venderem mercadorias de baixa qualidade, já que se tratam de excedentes, e não pagarem as tributações obrigatórias, estes comerciantes ainda arrecadam o dinheiro no município e injetam na economia de outras cidades.

“Diante dessa situação e após muita luta conseguimos, junto à prefeitura, o decreto regulamentando o funcionamento do Ceasa Atacadista (Avenida Juracy Magalhães). A nossa briga não é com os feirantes varejistas, pelo contrário, eles são os clientes dos atacadistas. Só que está se fazendo uma massa de manobra política contra a prefeitura, e da qual nada temos  a ver com a situação. Não existe esse superfaturamento que dizem ser praticado pelos atacadistas e, com relação ao nosso decreto, ele não vai influenciar os varejistas das feiras e bairros da cidade. Até porque ele não regulamenta essas feiras. O decreto regulamenta tão somente o CEASA atacadista que fica situado na Juracy Magalhães”, analisou o advogado.

De acordo com a defesa a discussão criada em torno desse assunto está apenas conseguindo dividir a opinião pública da cidade e beneficiando a atividade ilegal empregada pelos clandestinos de fora do município.

“Hoje, o prejuízo dos comerciantes atacadistas é muito grande. São eles que bancam o funcionamento da CEASA da Juracy Magalhães. Para a prefeitura manter o funcionamento das atividades no local são arrecadados cerca de R$ 120 mil reais (mensais). Esse valor é arrecadado através dos impostos pagos por esses permissionários. São pagos cerca de R$ 80 mil reais por mês pela prefeitura ao proprietário do local e o restante dos custos arcados por estes atacadistas, gastos como energia, limpeza e os funcionários da prefeitura”, frisou Lyncoln.

Ainda segundo o defensor, na última quarta-feira (21), houve uma sessão da Câmara de Vereadores com um grupo de comerciantes que se dizia do município. O que de acordo com os atacadistas não é verdade, já que a representatividade dos feirantes locais foi muito pequena.

“Boa parte dos que estiveram presentes eram comerciantes clandestinos. Chamamos a atenção dos vereadores com relação a essa situação, pois, nem todo mundo que está questionando o decreto é de fato de Vitória da Conquista. São pessoas de fora da cidade e que querem ganhar o dinheiro no município levando para outras cidades. Fizemos o requerimento à Camara, e foi aprovado, provavelmente estaremos na próxima semana explicando essa situação para a sociedade e vereadores da Casa”, finalizou Lyncoln.  (Foto: Blog do Anderson)

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