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Expressão BahiaInteresse Público

Conquista: Enfermaria Maria Flor: humanização e atendimento especializado no Hospital Esaú Matos para mães em perda gestacional Esaú Matos

Em um avanço significativo na saúde materna e sensibilidade às experiências femininas, uma nova lei vem trazendo benefícios para mães em situação de perda gestacional. A recente legislação, intitulada Lei Maria Flor, sancionada pela prefeita Sheila Lemos, em julho de 2023, reserva 10% dos leitos das maternidades de Vitória da Conquista para atendimento a mães de natimortos ou que tenham tido óbito fetal.

A Enfermaria Maria Flor conta com cinco leitos exclusivos para mães em situação de perda gestacional

Reconhecendo a importância de oferecer um ambiente adequado e acolhedor nesse momento de luto, o Hospital Municipal Esaú Matos, cuja maternidade é referência no interior da Bahia, ampliou o número de leitos voltados a mães em situação de perda gestacional. Dessa forma, a unidade passou a atender integralmente à Lei Maria Flor.

Diva Arruda, coordenadora de Enfermagem do Esaú MatosDiva Arruda, coordenadora de Enfermagem do Esaú Matos, lembra que o Hospital, diante das situações de perda gestacional, já buscava dar um atendimento diferenciado a essas mulheres. “Sempre foi uma preocupação do Hospital em garantir que essas mulheres não ficassem diretamente no mesmo local em que ficam as mães que vão parir um filho com saúde, em condições normais”, destaca a coordenadora.

Assim, segundo ela, há algum tempo, o Esaú Matos já contava com um centro obstétrico para atender essas mães em perda gestacional. “Com a sanção da Lei, o Hospital se adaptou e criou a Enfermaria Maria Flor. Lá, elas ficam afastadas das demais mães que tiveram filhos vivos e são acolhidas por uma equipe multidisciplinar que tem um olhar diferenciado para atendê-las nesse momento de luto”, completou Diva Arruda.

O psicólogo Naamã Dias, que atua diretamente no atendimento a essas mães e seus familiares, destaca que lidar com o luto em qualquer instância não deixa de ser uma tarefa bastante difícil. Assim, de acordo com ele, nesse lugar, o objetivo não é evitar a dor, mas minimizá-la. “O espaço Maria Flor se torna extremamente efetivo no processo de prevenir o agravamento da dor de maneira a tornar menos difícil a elaboração do luto”, esclarece.

Ainda, de acordo com ele, embora pareça simples, reservar um espaço distinto para mães enlutadas e familiares traz muitos benefícios: “a verdade é que em uma situação de dor extrema, as mínimas atitudes feitas de maneira descuidada podem gerar o agravamento dessa dor de modo extremamente intenso, por conta disso, a possibilidade desse espaço, claramente, pode diminuir o desconforto ainda que ele seja inevitável”. Além disso, favorece “um menor índice de adoecimentos mais graves como estresse pós-traumático, ansiedade generalizada, depressão, ataques de pânico entre outros”, completa o psicólogo.

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