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Interesse Público

Para economista, primeiras medidas de Bolsonaro são positivas

Por Lílian Symaia – Há vinte dias na Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro vem tomando algumas medidas que claro, dividem entendimento visto que o fim da campanha eleitoral ainda está bastante recente. O site Expressão Bahia conversou com a economista Kamile Araújo, que é Mestra em Economia Regional e Políticas Públicas e consultora de Finanças Pessoais e Investimentos na Poup&Invest Planejamento Financeiro, sobre o assunto. Segundo Kamile, neste período Jair Bolsonaro vem desenvolvendo uma proposta liberal de governo, recebida de maneira positiva pelos investidores e pelos países parceiros do Brasil no comércio internacional.

Expressão BahiaBolsonaro assumiu o governo no último dia 1º de Janeiro. Nesses poucos dias de gestão já consegue fazer uma pequena avaliação da visão de Bolsonaro em relação à administração financeira do País?

Kamile Araújo – Apesar de recentes, algumas medidas adotadas e anunciadas pelo atual presidente, refletem na recuperação do grau de credibilidade do país no mercado internacional. Com o objetivo de reduzir os gastos da máquina pública, Bolsonaro anunciou recentemente, como medida provisória, o “pente fino” nos benefícios previdenciários de pensão por morte, auxílio reclusão e aposentadoria rural, que pode ser favorável, desde que ocorra dentro dos limites da lei, não havendo arbitrariedade nas revisões. Como já previsto no governo anterior, o salário mínimo foi ajustado positivamente, identificando-se o primeiro aumento real, ou seja, superior à inflação, nos últimos 3 anos.

Ainda é cedo para avaliar de forma concreta o que foi efetivado até então. Contudo, muito tem sido especulado acerca das propostas e medidas a serem adotadas pelo novo presidente. De qualquer forma, ele tem sinalizado até então, um posicionamento de controle de gastos públicos, o que atualmente representa o maior problema econômico do Brasil.

Expressão Bahia – A senhora acredita que uma reforma tributária resolverá a complexidade do sistema brasileiro, que conseguirá destravar a economia?

Kamile Araújo –  Depende do formato no qual a reforma tributária será executada. Caso implementada nos termos propostos em campanha, a ideia é unificar impostos, de modo a simplificar a vida do contribuinte, facilitando procedimentos de pagamento, reduzindo processos contábeis e diminuindo efetivamente a burocracia característica do sistema tributário brasileiro. A proposta de Jair Bolsonaro facilita a operacionalização do pagamento de tributos e será positiva, desde que não ocorra o aumento da carga tributária. Quanto ao destravamento da economia, a reforma viria a colaborar, por exemplo, para a abertura de empresas regulamentadas, diminuição da sonegação, agrupamento das informações, o que permitiria um acerto de contas facilitado, quando necessário, bem como a compensação universal de créditos tributários, que poderiam ser utilizados para quitar qualquer tributo federal.

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