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Expressão BahiaInteresse Público

ICON promove evento sobre a sexualidade das mulheres em tratamento oncológico

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sexualidade é um dos pilares do bem-estar e da qualidade de vida. Mesmo com grande relevância social, o assunto ainda é considerado tabu, principalmente quando o foco é voltado para a sexualidade das mulheres em tratamento oncológico, que pode ser impactada de forma significativa, esbarrando em pontos sensíveis como a autoestima feminina.

Com o objetivo de colocar o assunto em pauta e contribuir na melhora da qualidade de vida dessas mulheres, o ICON – Oncologia e Medicina Especializada promoveu, na última quinta-feira (01), uma palestra sobre “Sexualidade das Pacientes Oncológicas” com a respeitada ginecologista e sexóloga Dra. Jacqueline Ferraz.

A ginecologista explicou que o impacto emocional e psicológico da doença já reduz consideravelmente o estímulo à sexualidade e outras questões também cooperam para esse contexto, como o medo da morte, a preocupação no cuidado com os filhos e possíveis dificuldades na carreira profissional, contribuindo para que ela fique mais retraída sexualmente. Segundo a médica, ter suporte psicológico, seja individual, em grupo ou com o parceiro(a), para consciência sobre as fases da doença, é fundamental para uma boa resposta ao tratamento e, consequentemente, para uma melhora na vida sexual da paciente.

Além disso, a ginecologista relembrou que existem outros métodos e tecnologias modernas que podem ajudar neste processo. “Hoje podemos lançar mão de lubrificantes vaginais, fitoterápicos, e também têm surgido novas tecnologias como o laser e a radiofrequência, estimulando a produção de colágeno, fazendo com que essa mulher volte a ter lubrificação e tenha seu desconforto diminuído na hora da relação sexual”, detalhou.

*Informação, bem-estar e acolhimento*

Descontraído, leve e com muitas dicas relevantes, o evento teve grande aceitação entre as pacientes. A professora Raimunda Maria Santana, de 62 anos, foi uma delas. “Este evento foi um ponto-chave, porque nós, pacientes oncológicas, temos muita dificuldade quando o assunto é sexualidade. Inclusive, medo, receio, vergonha, aflição”, disse Rai (como gosta de ser chamada). “No Icon, eu não encontro só tratamento, encontro amigos e acolhimento. Sinto-me em casa”, completou.

Segundo a coordenadora de enfermagem do Icon e uma das idealizadoras do evento, a enfermeira Cecília Ferraz, a ideia da palestra surgiu de uma necessidade identificada no programa de educação continuada do instituto (o Icon Talks – voltado para profissionais da área de saúde). “Percebemos que a maioria das pacientes estava tendo dificuldades com relação à sexualidade (atrofia vaginal, secura…). Precisávamos fazer algo para melhorar a qualidade de vida delas”, destacou a enfermeira. O objetivo foi bem cumprido.

Fonte: Ascom

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