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Garoto com ‘ossos de vidro’ comemora melhoria na mobilidade após se mudar para casa adaptada: ‘estou muito feliz’

A mãe do garoto Davi Lucca, de 14 anos, que tem a doença conhecida como “ossos de vidro”, conseguiu comprar uma casa adaptada, na cidade de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, para melhorar a mobilidade do filho.

“Estou muito feliz, porque agora consigo andar muito melhor dentro de casa, com a minha cadeira de rodas. Agora, também tenho um quarto só para mim e minha irmã tem o dela”, contou Davi Lucca ao g1.

O adolescente tem osteogênese imperfecta, doença que causa falha na produção de colágeno e deixa o esqueleto frágil, suscetível a fraturas. Antes de se mudar para a casa adaptada, o menino vivia em um imóvel que não tinha acessibilidade.

A mãe dele, Dionir Oliveira, lembrou que precisava subir 14 degraus com o filho no colo, várias vezes por dia. Agora, ele tem autonomia nas tarefas diárias.

“A nossa vida mudou muito, não tem nem como a gente comparar. Uma casa plana é outra realidade para uma pessoa que cuida de outra que tem deficiência, que usa cadeira de rodas. E ele consegue andar por todos os cômodos com a cadeira de rodas dele”, comemorou Dionir.

Em 2017, Dionir Oliveira emocionou internautas ao ajudar o filho a dar pequenos passos. O vídeo alcançou mais de um milhão de visualizações e milhares de compartilhamento.

Após as imagens viralizarem, a história de Davi Lucca chegou ao conhecimento de mais pessoas e a realidade dele mudou através de uma campanha que arrecadou recursos para a compra do imóvel.

Em 2024, Davi Lucca passou por duas cirurgias cerebrais. — Foto: Arquivo Pessoal

Em 2024, Davi Lucca passou por duas cirurgias cerebrais. — Foto: Arquivo Pessoal

Davi Lucca já sofreu 19 fraturas e teve de passar por vários procedimentos ao longo da vida, para recuperar e fortalecer os ossos.

Em 2024, ele foi submetido a duas cirurgias cerebrais, porque está com uma escoliose avançada, que bloqueou a passagem de um líquido da coluna até o cérebro. “Ele passou por essa batalha, mas graças a Deus conseguiu superar e está mais forte”, disse Dionir, com alívio.

Doença dos ossos de vidro no Brasil

Não há estatísticas oficiais dos casos de osteogênese imperfeita no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado foram registrados pouco mais de 1.100 internações pela doença no país. Entre janeiro e abril deste ano, 425 internações foram registradas, conforme a pasta.

No pré-natal, a ultrassonografia só consegue identificar a doença em casos graves, quando o bebê apresenta fraturas ainda no útero da mãe. Portanto, o diagnóstico é feito, em geral, na infância. Os sinais mais comuns são:

  • fraturas por traumas leves;
  • cor azulada na parte branca dos olhos;
  • baixa estatura.

Valentin Dória, de três anos, foi a primeira criança com osteogênese imperfeita a passar por cirurgia reparadora feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia. O procedimento foi realizado no Hospital Ortopédico do Estado, em Salvador, dia 19 de junho.

Na ocasião, o pequeno paciente passou quatro horas no centro cirúrgico e teve hastes implantadas no fêmur das coxas, para recuperar lesões e impedir que as pernas cresçam tortas.

O menino se recupera em casa e em breve vai iniciar um período de reabilitação, para que a musculatura das pernas sejam fortalecidas. Esse processo pode durar um ano e envolve muitas sessões de fisioterapia, mas é necessário para que ele possa aprender a andar e realizar o sonho de frequentar uma sala de aula.

“Ele pede para ir para a escola, mas por causa da situação, nós ainda não deixamos. Agora, com certeza, ele vai no ano que vem”, afirmou a mãe dele, Gisele Lopes.

Fonte: G1 Bahia

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