Neste sábado (27), a Feira Literária Itinerante de Condeúba (Flicon) realizou o seu terceiro dia de atividades, reunindo estudantes, professores, famílias e a comunidade em geral. O evento se consolidou como um espaço de valorização dos alunos da região, que puderam mostrar seus talentos em diferentes linguagens artísticas e literárias.
A programação contou com sarau, palestras, dança da garrafa, lançamento de livros e roda de conversa, além de apresentações das escolas locais. O evento também abriu espaço para os artesãos da cidade, que expuseram seus trabalhos nos estandes de artesanato, e para manifestações culturais como a capoeira, com apresentação conduzida pelo mestre Celso Santos.
Entre os destaques do dia, a psicopedagoga Eliana Cordeiro apresentou o projeto Acolher, voltado para crianças atípicas. O espaço foi pensado de forma lúdica, oferecendo suporte às crianças e também recursos de orientação às famílias.
Já a palestrante Rita Kuester, vinda de São Paulo, trouxe reflexões sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a importância da construção de salas de aula inclusivas, a partir de sua experiência como mãe atípica. Para ela, a parceria entre escola e família é essencial no processo de aprendizagem. “Não existe possibilidade de uma comunidade viver em paz quando existem pessoas sendo excluídas”, afirmou.
A estudante Marcela Ribeiro, do Colégio Alcides Cordeiro, destacou a preparação da turma para a encenação de “O Julgamento Final”, trecho do clássico O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, que será apresentado no domingo (28), na quadra do Colégio Estadual de Condeúba. “É um trabalho muito importante, trazer educação pra Condeúba, uma cultura tão boa, de um escritor tão bom que é Ariano Suassuna, com muitos livros e cordéis”, disse.
A Flicon segue neste domingo (28), com mais uma programação diversificada para toda a comunidade.
Texto: Bruna da Guarda
Fotos: João Nolasco
