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Entre 2010 e 2022, população cai em 54,9% dos municípios baianos. UPB se preocupa com a queda de receita
Com a divulgação oficial dos dados do Censo 2022, nesta quarta-feira (28), foi registrado queda populacional em 229 municípios baianos, o que representa mais da metade do total (54,9% dos 417). O decréscimo no número de habitantes foi bem mais significativo no estado do que entre os Censos de 2000 e 2010, quando 146 dos 415 municípios que existiam no período (35,2%) viram seus totais de moradores caírem. Dos 229 que tiveram diminuição na contagem atual, 116 municípios perderão receita, o que preocupa a União dos Municípios da Bahia (UPB), uma vez que o número de habitantes é critério para o repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A entidade aguarda a sanção presidencial do projeto de lei complementar (PLP 139/2022), já aprovada no Congresso Nacional, que impede a redução imediata dos repasses do FPM para as cidades que perderam habitantes. A proposta prevê que os critérios do Censo definidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para distribuição dos recursos do FPM só valerão a partir de 2025, com uma redução gradual de 10% ao longo de 10 anos para não prejudicar as cidades menores.
De cada 10 municípios baianos 6 têm até 20 mil habitantes (61,6% dos 417) proporção que praticamente não se alterou em 12 anosEm 2022, a Bahia continuava a ser um estado com ampla predominância de municípios de menor porte populacional. Segundo o Censo, 6 em cada 10 cidades tinham até 20 mil habitantes: 257 das 417 (61,6%). Cerca de 3 em cada 10 municípios baianos tinham mais de 20 mil até 100 mil habitantes: 142 de 417 (34,1%). E apenas 18 municípios (4,3% dos 417) tinham mais de 100 mil moradores, 2 dos quais tinham mais de 500 mil: Salvador e Feira de Santana. A distribuição dos municípios por porte populacional praticamente não mudou em relação ao Censo 2010. Houve crescimentos muitos discretos nos totais de cidades nos extremos: as pequenas (até 20 mil habitantes) passaram de 248 para 257 (mais 9), enquanto as maiores (mais de 100 mil moradores) passaram de 16 para 18 (mais 2). Por outro lado, o grupo dos municípios de médio porte (mais de 20 mil e menos de 100 mil habitantes) se reduziu, de 153 para 142. Destacam-se as entradas de Luís Eduardo Magalhães (107.909 habitantes) e Santo Antônio de Jesus (103.055 habitantes) no grupo dos municípios com mais de 100 mil habitantes; e as quedas de Cravolândia (4.415 moradores em 2022), Santa Cruz da Vitória (4.681 habitantes) e Firmino Alves (4.873 habitantes) , para o grupo de menores municípios, com até 5 mil habitantes.
Em 2022, Porto Seguro e Barreiras entraram no ranking dos 10 municípios mais populosos da Bahia, nos lugares de Jequié e AlagoinhasSegundo os dados dos Censos, oito dos dez maiores municípios baianos, em termos de população, permaneceram os mesmos em 2010 e 2022. Eles foram liderados em ambos os anos, por Salvador, com 2.418.005 habitantes, Feira de Santana (616.279), Vitória da Conquista (370.868) e Camaçari (299.579), que também mantiveram as quatro primeiras posições. Em seguida, em 2022, vinham Juazeiro (235.816 habitantes), que subiu de 6º para 5º lugar, e Lauro de Freitas (203.334 habitantes), que também subiu de 8º para 6º (em 2022). O ranking seguia com Itabuna (186.708 habitantes), que caiu da 5ª para a 7ª posição, e Ilhéus (178.703 habitantes), que passou de 7º para 8º município mais populoso da Bahia. A novidade nesse grupo foi a entrada, em 2022, dos municípios de Porto Seguro (167.955 habitantes), na 9a posição, e de Barreiras (159.743 pessoas), na 10a. Em 2010, eles ocupavam respectivamente, a 13ª e a 12ª posições entre os mais populosos do estado. Porto Seguro e Barreiras entraram nos lugares de Jequié (158.812 moradores em 2022) e Alagoinhas (151.065 pessoas), que, apesar de terem crescido entre 2010 e 2022, deixaram o ranking dos 10 municípios mais populosos da Bahia.
Com informações do IBGE