Por Lílian Symaia – A população de Itambé tem vivido grandes sustos nos últimos dias com o aparecimento de cobras tipo cascavel, uma espécie venenosa, cujo veneno é perigoso, destrói as células do sangue das vítimas, causa lesões musculares e afeta os sistemas nervoso e renal. O Engenheiro Ambiental da Prefeitura Municipal, Carlos Leôncio Souza Costa, explica que o aparecimento de cobras na cidade se dá pela migração das mesmas em busca de proteção e alimento. “As cobras de um modo geral não têm um animal como predatório. Com as mudanças climáticas e na cadeia produtiva a gente percebe que alguns animais, que são comedores de roedores e de aves de pequeno porte, procuram outros lugares para fazer sua alimentação, visto que em seu habitat não encontram mais. Então o desmatamento e a utilização de agrotóxicos na zona rural fazem com que esses animais fujam e procurem um lugar onde eles possam se proteger, produzir e se alimentar. Nossa região está nessa linha; oferece abrigo e comida”.
Leôncio Costa orienta que a pessoa picada por uma cobra, não deve amarrar o local e não fazer nenhum procedimento como chupar sangue e amarrar o local com pedaço de pano. Apenas lavar com água e sabão, manter o membro em posição de repouso e não fazer esforço, para que esse sangue não circule. “Não tome medicamento por conta própria. O ideal é procurar atendimento imediatamente no hospital mais próximo. A cascavel tem uma quantidade de veneno grande, e se não tiver um atendimento rápido pode levar a óbito.”.
Os postos de saúde têm o soro antiofídico para esse tipo de cobra. Caso ocorra casos mais graves a vítima será levada para Vitória da Conquista.
Não há registros oficiais sobre algum incidente envolvendo cobras neste período em Itambé.
Além de Itambé, também há relatos de infestação de cobras nos municípios de Maiquinique, Macarani, Ribeirão do Largo, Encruzilhada, Itapetinga e Caatiba
