Conquista: Câmara se reúne com comerciantes para diálogo intermediário com Prefeitura sobre situação do comércio

Na manhã da última segunda-feira (20), na Câmara Municipal de Vitória da Conquista, presidente Luciano Gomes (PCdoB), e os vereadores Rodrigo Moreira (PP) e Jorge Bezerra (SD), membros da Comissão Especial de Combate à Covid-19, se reuniram com uma comissão de comerciantes da cidade em busca de uma solução para uma questão de comércio local, fechada desde o dia 21 de março, por força do Decreto 20.193 de 2020 .

Os comerciantes solicitam um diálogo com o governador Herzem Gusmão e o Comitê de Gerenciamento de Crise para o Perfuração de Pandemia Covid-19, sob alegação de que a resistência do Executivo em ouvir os executivos de voz em ouvir os lojistas pode causar uma crise econômica de proporções elevadas.

Representando mais de 1.500 lojistas do município, Saulo Bruno de Barros disse que a luta dos comerciantes é para evitar a falta de comércio e principalmente dos pequenos empreendedores. “Eu não estou aqui brigando só por mim, estamos numa luta em favor de todos, em favor da economia local, em favor dos empregados e de todos que dependem do comércio para sobreviver”, disse.

O comerciante Nilzete dos Santos Silva lamentou sua situação e outros que não estão conseguindo pagar como contas. “Eu pago aluguel no comércio, pago aluguel de casa. Já perdi tudo uma vez e tentei zero, agora corro o risco de perder ou pouco o que consegui. Como você vai sustentar meus filhos adolescentes, como você vai manter os funcionários que têm? ”, questionou, emocionada.

Lojista do ramo de confecção, Gilmar Queiroz da Silva disse que o comércio não tem como causar uma crise. Ele lista como ofertas especiais de comerciantes, exemplo de aluguel, FGTS, INSS, ICMS, férias, IPTU, água, luz e telefone, vendas de funcionários e contas pessoais. “Essas contas não entram em quarentena, eu pago R $ 17 milhões em aluguel, tenho mais de 15 funcionários. Como vamos sobreviver a isso? Não estamos aqui fazendo política, estamos lutando pela sobrevivência e pela nossa cidade ”, afirmou, acrescentando o mesmo retorno agora, como as alterações já são irreparáveis. “Só na Travessa Justino Gusmão, seis lojas já entregues como chaves, porque não são permitidas condições de reabrir, preferem fechar como portas reservadas. O mesmo acontece em algumas galerias, coisas desse tipo não estão sendo levadas em conta ”, afirmou.

Comerciante do ramo de cama, mesa e banho, Jarbas Gomes reformou-se como palavras dos demais colegas. “Quem trabalha com vendas na vista não está vendendo e nada tem recebido, e quem não tem prazo de validade está recebendo e recebendo vários cheques devolvidos e mantidos. No meu caso já são mais de R $ 100 mil. Infelizmente, não temos outra saída ”, destacou.

O vereador Rodrigo Moreira destacou a importância de fazer um plano de flexibilização para recuperar o comércio, de forma a não prejudicar a população. “Vamos buscar o consenso sem afetar a população”.

Segundo o presidente da Câmara, Luciano Gomes, a Comissão Especial da Câmara vai propor um diálogo entre o governador Herzem Gusmão e os lojistas para tentar chegar a uma solução viável para todos. “Precisamos ser responsáveis ​​por tratar uma questão tão séria como essa, por se tratar de saúde pública. Não estamos propondo o relaxamento do isolamento, queremos que o prefeito ou o advogado do comerciante e que juntos pensem pensar numa solução, desde que não afetem a segurança da população. É um momento melindroso, uma situação que implica em riscos de ambos os lados, não pode ser irresponsável, por isso que o diálogo é essencial ”, disse.

O presidente Luciano Gomes e os vereadores Rodrigo Moreira e Jorge Bezerra (líder da Bancada de Situação) comprometeram uma reunião intermediária com o presidente e com o Comitê de Crise criado pela Prefeitura.

Com o apoio dos demais comerciantes, Ludimila Saldanha e Saulo Barros Requeram, por meio do Whatsapp, uma participação na tribuna livre na sessão virtual de quarta-feira, 22, para exportar uma situação do comércio. Também envia um abaixo-assinado dos comerciantes que solicitam uma flexibilização na abertura das lojas.

Fonte: Ascom