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Conquista: Em Assembleia Virtual, professores da rede municipal decidem por indicativo de greve

Por Lílian Symaia  Na última terça-feira, a Prefeitura de Vitória da Conquista informou em seus canais de comunicação oficiais que as atividades em sala de aula serão reiniciadas de forma escalonada na primeira semana de agosto, conforme está no Decreto nº 21.192. “A Smed tem trabalhado de forma contínua com o objetivo de encontrar meios e estratégias para melhor atender nossa comunidade escolar e oferecer total segurança sanitária para nossos servidores e alunos”, afirmou o secretário municipal de Educação, Edgard Larry, em entrevista à Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal.

A decisão, porém, não foi bem recebida pelo Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista que acredita que voltar neste momento seja uma atitude no mínimo irresponsável. Através de nota, o SIMMP afirmou que os professores municipais de Vitória da Conquista têm diversos motivos para serem contra a volta às aulas presenciais, decretada pela Prefeitura, entre eles, escolas sem estrutura, profissionais e estudantes ainda não imunizados, hospitais lotados, pouca importância para a opinião e para a experiência dos professores. “O Sindicato do Magistério Municipal Público (Simmp) considera essa decisão precipitada e irresponsável. É uma atitude que compactua com o negacionismo federal, responsável por fazer o Brasil padecer em nível alarmante. A Prefeitura Municipal, inclusive, pegou os professores municipais de surpresa com a publicação do decreto definindo datas tão imprudentes e temerárias. Apesar de manter diálogo com os professores municipais, a Smed não havia informado, nem sugerido, que já trabalhava com datas marcadas. Os professores da rede particular, por outro lado, nunca foram nem incluídos no debate”, diz trecho da nota.

Na tarde da última quinta-feira, 08, o SIMMP promoveu uma Assembleia Geral Extraordinária Virtual, onde votaram a favor de um indicativo de greve da categoria, para enviar à Prefeitura Municipal.  Segundo o SIMMP, o objetivo é ampliar as discussões, para que a sociedade entenda o perigo e a irresponsabilidade que é promover aulas presenciais sem segurança sanitária nessa pandemia. Na avaliação da Presidente do Sindicato, Elenilda Ramos Lima, a Assembleia foi bastante produtiva e participativa. “Muitas discussões foram feitas. Inclusive as pessoas que são favoráveis ao retorno das aulas presenciais nesse momento, que estão difamando os professores na rádio e redes sociais, precisam entender que nós professores não estamos negando o retorno ao trabalho, sobretudo porque estamos trabalhando remotamente desde o início da pandemia. O que desejamos é voltar ao ensino presencial, sim, porque entendemos a importância disso, mas com as condições adequadas! Contudo, sabemos que este não é o momento. Nós precisamos participar das discussões sobre o momento e condições adequados, uma vez que os profissionais de educação ainda não tomaram a segunda dose da vacina. Muitos não tomaram nem a primeira dose”.

Elenilda Lima completa informando que a assembleia propôs e votou o indicativo de greve a fim de que essa situação arbitrária seja alterada, após adequação das condições que sejam de fato seguras para o retorno das aulas presenciais. “Caso não sejamos ouvidos, uma nova assembleia será convocada para votação sobre a realização ou não de uma greve. Nosso desejo é que tudo seja resolvido no diálogo e no respeito à vida de todos os envolvidos no processo da Educação”.

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