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Expressão BahiaGeral

Brasileira fica milionária após vender tapioca nos Estados Unidos: conheça e aprenda receitas com a iguaria

Verônica Oliveira é natural de Belo Campo, no sudoeste da Bahia

Uma baiana de 40 anos ficou milionária após deixar o Brasil para vender tapioca nos Estados Unidos. Nesta sexta-feira (15), dia da iguaria típica do Nordeste brasileiro, o g1 traz a história da empresária Verônica Oliveira, natural de Belo Campo, no sudoeste da Bahia, que deu início à própria empresa com US$ 30 e hoje fatura US$ 1,5 milhão por ano.

“Eu vim [para os EUA] desiludida, porque quando eu trabalhava no hospital [na Bahia], eu fui mandada embora, quando teve a troca de prefeito, por causa de politicagem na minha cidade. Isso me deixou muito triste, muito frustrada”, contou a empresária.

Brasileira fica milionária após vender tapioca nos Estados Unidos — Foto: Arquivo Pessoal

Brasileira fica milionária após vender tapioca nos Estados Unidos — Foto: Arquivo Pessoal

Verônica Oliveira mudou-se para os Estados Unidos em 2009, sozinha, sem falar inglês e sem condições financeiras para ficar no país americano. Apesar das dificuldades, via nesse novo caminho uma forma de encontrar algum reconhecimento profissional. No entanto, para alcançá-lo, trabalhou como faxineira em casas, escolas e escritórios.

“Eu vim para cá, sem conhecer ninguém, sem falar inglês, sem ter recursos financeiros, mas eu vim com a cara e a coragem. Eu tinha um filho, que ficou na Bahia, e eu vim sozinha. Eu era solteira e casei um ano depois de chegar aqui”, afirmou.

Após quatro anos nos EUA, ela deu início à venda de tapiocas e foi aí que o cenário financeiro começou a mudar.

“Quando eu cheguei aqui, senti muita falta porque não tinha tapioca, não tinham as coisas do Nordeste. Inicialmente eu comecei a produzir para mim, para as pessoas mais próximas, só que um foi falando para o outro e aí as pessoas começaram a me procurar muito”, relembrou.

Apesar da apreciação dos amigos, a baiana encontrava um obstáculo: falta de condições financeiras para investir no ramo da tapioca. Para driblar o problema financeiro e dar o primeiro passo no universo do empreendedorismo, ela decidiu fazer uma quantidade de tapioca de acordo com a demanda.

“Eu tive a ideia de fazer um post no Facebook e todo mundo que quisesse comer tapioca, eu poderia fazer, porque a pessoa ia comprar e eu teria o dinheiro para comprar os ingredientes. Depois disso eu nunca mais parei”, disse a empresária.

Brasileira fica milionária após vender tapioca nos Estados Unidos — Foto: Arquivo Pessoal

Brasileira fica milionária após vender tapioca nos Estados Unidos — Foto: Arquivo Pessoal

Em 2015, Verônica comprou um restaurante, o BR Takeout, com foco na comida mineira e nordestina, na cidade de Framingham- Massachusetts.

Outro resultado da iniciativa foi a fábrica de tapioca vegana, sem glúten, sem açúcar, sem conservantes e sem sódio, comercializada em vários pontos de vendas em Massachusetts e com entrega nos Estados Unidos inteiro.

A baiana emprega 16 funcionários diretos e 50 funcionários indiretos. Além de dirigir duas empresas, ela oferece mentoria para mulheres que desejam empreender e começar do zero, assim como ela.“No restaurante de comida brasileira, eu vendo tapioca e eu distribuo a massa de tapioca para o país inteiro”, detalhou.

‘Comecei literalmente do zero’

Brasileira fica milionária após vender tapioca nos Estados Unidos — Foto: Arquivo Pessoal

Brasileira fica milionária após vender tapioca nos Estados Unidos — Foto: Arquivo Pessoal

Atualmente casada e com dois filhos, um de 26 e outro de 6 anos, Verônica Oliveira nasceu, cresceu e teve as primeiras oportunidades de trabalho em Belo Campo, cidade a 60 km de Vitória da Conquista, também no sudoeste da Bahia.“Na Bahia, eu trabalhei como vendedora em loja de roupa, cosméticos e trabalhei também no hospital da minha cidade como técnica de enfermagem”, conta.

De família simples, criada na zona rural, Verônica afirmou que andava com o “dinheiro contado”.“Minha mãe pagava uma conta e ficava devendo a outra. Já dormi em um colchão de palha, morava em uma casa de chão batido, enfim era uma vida muito difícil. Quando eu cheguei aqui [Estados Unidos] também, foi difícil, eu comecei literalmente do zero”, lembrou.

Verônica (sentada) quando trabalhava em um hospital na Bahia — Foto: Arquivo Pessoal

Verônica (sentada) quando trabalhava em um hospital na Bahia — Foto: Arquivo Pessoal

Agora, ela enxerga o passado com orgulho e tenta ajudar pessoas que vivem na cidade baiana.

“O mais importante é você ter a oportunidade de mudar as vidas de outras pessoas, de ajudar as pessoas. A minha mãe nunca mais precisou passar dificuldades, precisou ficar sem comida. Ninguém que me procurou da região, nunca mais. Fazemos um trabalho voluntário voltado a famílias carentes em Belo Campo, ajudo ONGs nos dias das crianças e Natal”, relatou.

Fonte: G1

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